sábado, 15 de agosto de 2015

Bizarro, Sinistro, Macabro!



Amigo Imaginário


Janaína sempre foi uma criança muito fechada e sozinha. Aos 8 anos, começou a ter um amigo imaginário. Ele era um menino que vivia vestido de preto, mas ela não conseguia ver o rosto dele. Ele falava com a menina, e ela desabafava sobre sua solidão. Era tudo muito real. As conversas aconteciam sempre à noite. No começo, ele mais a ouvia do que falava.
Esse amigo, também participava das brincadeiras que ela queria.
Porém, com o passar do tempo ele começou a falar coisas ruins para a menina. Dizia que ela nunca fora amada pela mãe e que a vontade dela era que a filha morresse.
Essas palavras mexeram muito com Janaína. Embora a menina não tivesse coragem de contar para ninguém de dentro de casa, ela tentou contar para uma coleguinha de escola o que estava acontecendo. A coleguinha, coincidentemente, também tinha tido a mesma experiência e a aconselhou a ficar calma, porque era algo normal, garantindo que quando ela crescesse ele sumiria.
Janaína esperou até os 14 anos, mas ele não sumiu. Pelo contrário, começou a pressioná-la, dizendo que ela deveria ficar com ele. Para isso, ele dizia que ela precisava se matar, mas antes deveria também matar a mãe.
Quando ela se recusava a fazer o que ele pedia, outros “espíritos de crianças” apareciam para humilhá-la, enviados por ele. Era algo assustador.
Um dia, convencida de que ela deveria atender ao pedido de seu amigo, a garota apanhou uma faca e foi até a cama de sua mãe, que estava dormindo. Estava pronta para atacá-la, mas se deu conta da gravidade do ato que estava prestes a cometer, então, saiu correndo de volta para o seu quarto.
Ele não gostou nada dela ter fraquejado. Então começou a dizer que estava na hora dela partir com ele. Foi então que ela usando a faca e tentou cortar os pulsos. Fez força, mas não conseguia chegar ao fim. Desistiu. Ele, na hora, irado, desapareceu.

Depois de tudo isso, ela decidiu buscar ajuda espiritual, pois até na escola ela estava indo mal, porque os espíritos não a deixavam dormir. Procurou uma igreja, onde encontrou apoio e depois de dois anos o suposto “amigo” a deixou livre.



Extraído e adaptado de “Folha Universal” edição de 23/11/14.

3 comentários:

  1. Boa tarde minha querida amiga..
    tempos atrás falava com uma amiga bem espiritualizada e ela me relatou algumas coisas..
    as vezes somos escolhidos ainda de berço por seres contrários..
    é tudo muito perturbador né..
    devíamos ter proteção.
    mas são tantas coisas pendentes que a humanidade ainda vai sofrer para limpar o astral.. beijos meus e feliz sempre Aline

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  2. Eu adoro textos de terror. Achei este bem simples, mas me fez remeter para algo real, para os empecilhos que a vida nos coloca e a forma como devemos ter força e coragem para vencê-los.

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  3. Bizarro.
    Eu tenho um primo que quando criança tinha uma amigo imaginário, mas era imaginário mesmo, achamos nós. Uma vez ele fez a minha tia colocar um prato na mesa e servir o amigo. Ela, que tinha medo de morto, disse que se a comida sumisse ela sairia correndo, mas a comida não sumiu.
    Bjo

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