domingo, 26 de outubro de 2014

Histórias de Terror Assustador que dão Medo!


Resumido e Adaptado do artigo “Na pista do Diabo de Jersey” de Mike Mallowe na edição de março de 1986 da Revista Seleções do Reader’s Digest.



O Diabo de Jersey


Lenda

A Linha de árvores marca o limite sul do pinheiral de Nova Jersey, com mais de 400 hectares de pinheiros e carvalhos em solo arenoso. Por mais de 200 anos, essa floresta assustadora tem sido a área de caça da criatura conhecida como o Diabo de Jersey.

Milhares de pessoas dizem tê-lo visto ou pegadas suas. Muitas dessas testemunhas oculares são merecedoras de crédito: policiais, guardas-florestais... Homens já o perseguiram e atiraram contra ele. Velhos relatos descrevem-no com corpo de canguru, cabeça de cavalo, focinho de collie, asas de morcego, um longo rabo e fogo saindo pelas narinas.
No entanto, a coisa continua frequentando furtivamente aqueles vastos bosques, assombrando como num pesadelo.

De acordo com a lenda, o Diabo de Jersey nasceu de uma mulher no ano de 1735, em Leeds Point, pequeno lugarejo a 15 km apenas de Atlantic City.
Segundo uma das versões mais antigas da lenda, uma mulher quacre (adepta de uma seita protestante fundada no século XVII), conhecida como Mãe Leeds, havia sido acusada de bruxaria e quase queimada como feiticeira. Ela estava esperando o 13º filho e as pessoas do lugar temiam que o Demônio fosse o pai da criança. De qualquer forma, pouco antes de dar à lua, Mãe Leeds amaldiçoou o filho, entregando-o a Satanás.

No começo o bebê parecia normal. De repente, enquanto as parteiras olhavam horrorizadas, apareceram-lhe garras, pés de cabra, asas e uma cauda. O monstro matou diversas pessoas no aposento, desapareceu pela chaminé e foi visto pela última vez correndo em direção aos pinheiros.



No encalço do Diabo

Algumas semanas depois de entrar com contato com James F. McCloy e Ray Miller Jr., autores do livro “O Diabo de Jersey”, o jornalista Mike foi até o local onde teria nascido a criatura.

Mesmo à luz da tarde, o cemitério parecia escuro. Um único carvalho possante erguia-se de súbito por entre as carreiras de pedras tumulares. A distância, além de um campo aberto e crestado, começavam as árvores. Os sons da floresta quebravam o silêncio do cemitério deserto, sussurrando, chamando.

“Não é difícil encontra-lo” – disse-lhe alguém “Ande em linha reta, do cemitério até o pântano. Está incendiada, mas ainda se pode ver o perfil da casa sob as trepadeiras”. Depois tocou no seu braço e o olhou com um olhar vago. “Faça tudo para sair daqueles bosques antes do escurecer”.

Seguindo um raio de luz brilhante que parecia surgir do céu sem nuvens, Mike penetrou no pinheiral sozinho.
Suas botas pesadas afundavam a cada passo. A vegetação rasteira (um lençol de folhas, agulhas de pinheiro e musgo) dava ao solo uma textura esquisita. Era como se ele estivesse sendo sugado terra adentro.

Mike chegou às ruínas de um forno colonial. 

– No passado, ali havia estado a capital do minério de ferro nos EUA. Era uma região próspera, porém a indústria (e a maioria das pessoas) logo se mudou mais para oeste. Outros, contudo, penetraram no interior das florestas, e foram trabalhar nos mangues: passaram a ser chamados de “Pineys”. São gente decidida, hostil a estranhos e muito misteriosa. Seja o que for, o Diabo de Jersey é um deles.

Já deveria estar se aproximando do lugar onde nasceu “aquilo”. Foi quando ouviu um zumbido diferente de tudo que conhecia. Achou que correndo, poderia deixa-lo para trás, mas 6 metros adiante ele estava mais forte. Então, bem por cima do ombro direito do jornalista, viu-o de relance: alguma coisa dentro das moitas movia-se paralelamente. Mike ficou pensando nas instruções “Saia antes do escurecer”.

O zumbido parou. O que quer que fosse – um piney, o Diabo ou sua própria imaginação – desapareceu. O crepúsculo já descia quanto Mike entrou na clareira. Adiante, mal conseguia ver o retângulo das fundações de uma casa. Porém, quanto mais perto ele chegava mais parecia um buraco negro no chão. O jornalista tratou de voltar depressa por onde tinha ido antes do escurecer.
A única coisa que ele tinha em mente agora, enquanto se apressava ao lusco-fusco da tarde, era a sobrevivência. Não tinha absolutamente ideia de que lado tinha vindo. O pinheiral fechava-se sobre ele. Suas botas afundavam cada vez mais no chão lodoso e ela já se via preso num pântano.
De repente começou a correr. Seus braços e mãos sangravam com os espinhos, enquanto abria caminho entre arbustos duas vezes mais altos do que ele. Passou correndo por um cedro, que parecia uma grotesca gárgula.
Logo em seguida foi parar num mato ralo e espesso, com a linha de árvores atrás de si. Tinha conseguido sair daquele bosque.
Mike queria se sentar e descansar, mas teve medo. Então, a distância, avistou o cemitério de Leeds Point e o seu carro logo atrás. Começou a se sentir ridículo. Apagando a lanterna, resolveu cortar caminho através do cemitério.
Então escutou o zumbido novamente. Uma sombra ergueu-se de uma das lousas com o nome Leeds – era um enxame de insetos, que começou a picar o jornalista no pescoço, no rosto e nas mãos, sugando seu sangue até entre os cabelos. Correu para o carro. A nuvem o seguia. Conseguiu matar um inseto. Era uma mosca do mangue. Seu pescoço começou a inchar com as picadas. O zumbido era agora tão alto como na floresta.
Acabou entrando no carro, virou a chave e apertou o acelerador – Não fosse aquilo enguiçar agora!
Ao virar o carro, a luz dos faróis altos bateu na linha de árvores por apenas um momento, banhando-a de uma claridade fantasmagórica. Pensou ver algo que se movia, mas prosseguiu, deixando Leeds Point o mais rápido possível.



Mike não tornou a desafiar aquele bosque de pinheiros. O Diabo ou lá o que for que vive ali.

3 comentários:

  1. Muito boa tarde querida Aline..
    casos e mais casos e as lendas ficam vivas sempre não é..
    infelizmente o lado negro tem muita força no nosso mundo ainda..
    e não duvido de tais criaturas existirem sim..
    já pude ler algo sobre a amazonia que tem uma aprte da floresta que nem os indios entram..
    as árvores são imensas e todas retorcidas.. dizem que elas absorvem muito do carma do planeta.
    se bem que eu adoro mato..
    tirando cobras claro srs
    nessas não dá pra confiar..
    eu já entrei em mato virgem fechado a noite.. já sai dele com aranha pendurada srrs
    já fiz minhas loucuras.. ainda bem que não encontrei nada demais..
    se encontrasse tb srsr não iam se fartar tanto do branquelo aqui de 52 kilos rsrs
    continue assim a catar essas histórias.. quando se fala em coisas sombrias muitos saem em retorada.. é uma pena.. pois tu tem um baita trabalho em postar né Aline..
    mas a mim tu tem por aqui querida.. beijos meus e até sempre

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  2. Adorei :D

    Adorei o seu blog e já estou a seguir :D
    beijinhos,
    Daniela

    http://ddocesonhadora.blogspot.pt/

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  3. Essa foi assustadora,amiga!!!!!
    gosto muito dessas histórias e sei que é possível essas criaturas existirem,mas só vemos o que está ao nosso redor!
    adoro seus contos, continue escrevendo, pois amo quando chego em seu blog!
    Bjus e bom final de semana,amiga querida!
    http://www.elianedelacerda.com

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