sexta-feira, 7 de março de 2014

As Irmãs McGee - cap 3


Greg, um vigia noturno de um mercado, começa a ouvir vozes e a ver vultos no local de trabalho. Desde jovem Greg costumava ver vultos esporadicamente, mas preferia ignorar e não comentar, pois "tinha medo dessas coisas" e as pessoas desacreditavam de suas visões. No entanto, a frequência com que vinha tendo essas percepções no local de trabalho o fez querer conversar sobre elas com alguém.
Ele se lembra de Ellie, uma amiga, que se interessa por assuntos sobre paranormalidade. A amiga lhe incentiva a tentar conversar com os espíritos, uma vez que os pode ouvir. Greg, no entanto, não tem essa intenção. Mas os fenômenos se tornam mais intensos.


As Irmãs McGee

Capítulo Penúltimo

“O que eu faço? Além da Ellie quem iria acreditar nisso? E que tal eu dizer ao senhor Quidacioluo que quero deixar o serviço porque o mercado é assombrado? E preciso de emprego, onde conseguir outro da noite pro dia?” – pensava Greg.


Naquela noite Greg tentou falar com os “fantasmas das meninas” quando as ouviu fez as perguntas sugeridas por Ellie, enquanto deixava o celular gravando. Imaginava que talvez a gravação pudesse captar algo, como em programas de TV que assistira sobre pesquisadores paranormais. Só que o vigia não ouviu respostas, nem no momento em que tentou conversar com os espíritos, nem na gravação. 

“Teria que ser um gravador especial, altamente sensível” – ouviu mais tarde da amiga Ellie.

Mas Greg também se lembrava de que nos documentários pesquisavam o passado do local em busca de pistas. Ao encontrar a Senhora Rossington, uma antiga moradora do bairro, ele a questionou sobre o prédio do mercado.

– “Srª Rossington, a senhora se lembra do que havia, onde hoje é o prédio do mercado? Mais especificamente onde é o galpão, o armazém?”.

– “Sim, ali havia uma casa, era a casa do Sr. McGee! Pobre Sr. McGee!”.

– “Sabe me dizer se esse Sr. McGee tinha filhas?”.

– “Tinha sim, as meninas!”.

– “Uma maiorzinha de seus... treze anos talvez e uma menor por volta de oito anos?”.

– “Sim! Você chegou a conhecê-las?” – A Srª Rossington perguntou admirada.

– “Não, é que... Por que a senhora diz ‘pobre Sr. McGee’?” – Em pensamento Greg respondi para si: “Sim, as conheço”.

– “Ele e a esposa morreram em um terrível acidente de carro... Aquela família foi marcada por duas terríveis tragédias! Primeiro o casal McGee faleceu dessa forma, deixando as garotas órfãs. Mas o irmão do Sr. McGee, foi muito solidário, sem outros parentes próximos, ele ficou com a guarda delas, vindo morar aí e passou a cuidar das garotas. E depois houve a segunda tragédia. A casa incendiou acidentalmente matando as meninas e o tio! A casa era exatamente onde hoje é o galpão do mercado, o Sr. Quidacioluo comprou o terreno, quando ampliou a venda fazendo o mercado! Mas por que pergunta?”.
– “Só por curiosidade, Srª Rossington, ouvi dizer que ali tinha uma casa” – respondeu Greg não querendo dar continuidade ao assunto, uma vez que a Srª Rossington era evangélica e não acreditaria “naquele tipo de coisa”, diria que “quando morremos nossa alma ou vai para o Céu ou para o Inferno sem possibilidade de ficar assombrando por aí”.

Greg relatou tal conversa para Ellie, que se extasiou: 

– “São reais! São essas garotas McGee! Eu queria poder ir ao mercado à noite na hora da sua vigia e tentar perceber esses espíritos!”.

– “Não posso leva-la lá, Ellie! E o que pensariam ou o que diriam ao Sr. Quidacioluo, os que nos vissem entrar?”.

As noites mais assustadoras para Greg, porém, logo chegariam.

Quando foi fazer ronda entre os estoques do mercado, Greg vê nitidamente o “fantasma do homem zangado” parado diante de si. O Vigia começou a fazer o caminho inverso e viu o “homem zangado” começar a segui-lo. Greg foi andando mais depressa, em direção à saída do armazém, mas não a encontrava! Logo estava correndo entre estoques e se vendo num labirinto! Aquilo era impossível, o armazém não era tão grande, e Greg o sairia dele de olhos fechados! Mas por mais que corresse não encontrava como sair dali! Correu por muito tempo sem achar a saída até que viu uma menina pequena acenando e indicando a saída. Era a “irmã menor”. O vigia correu para onde a aparição indicava e conseguiu deixar o armazém. 

Nada mais aconteceu nesta noite.


Continua...

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