segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O Assassino do Opala - cap 1



O Assassino do Opala


Capítulo 1

Após as aulas noturnas da universidade o professor Charles Mendez dirigia pela estrada que o levaria de volta para casa.
Em dado momento viu, já bem próximo de seu carro, surgir um opala modelo diplomata de cor preta com faróis apagados, que, vindo desengrenado e lentamente de uma transversal, atravessou a estrada, parando ao encostar-se ao alto meio fio e fechou o sentido da pista por onde o professor trafegava.
Primeiro Mendez se admirou e ficou intrigado. Freou seu carro e passou alguns segundos olhando o opala. Então uma das portas trasseiras do opala se abriu e o professor Charles viu corpos decapitados amontoados no banco trasseiro do opala diplomata.
Charles ficou atônico nos primeiros instantes com o que viu. Sem conseguir tirar os olhos incrédulos do amontoado de corpos. Sentiu vontade de vomitar devido à forte cena. Quando conseguiu ter alguma reação o professor engrenou a marcha primeira em seu carro e saiu contornando com receio o opala. Cerca de cem metros depois ele pisou fundo no acelerador ansioso por se afastar o mais depressa possível daquele opala. Parou uma vez no caminho para abrir a porta e vomitar.

Ao chegar em casa, Charles procurou evitar conversa com a esposa, disse que estava se sentindo mal como desculpa para sua visível aparência assustada e rosto pálido. Sua esposa não fez questão de saber melhor o que poderia ter acontecido, aconselhou, apenas, que ele se medicasse.
Charles achou melhor manter segredo do que vira. Certamente o veículo com os corpos seria encontrado e quem quer que tenha feito aquilo provavelmente não o vira passar.

Na noite seguinte, após lecionar, Charles, como era sua rotina, tornou a pegar a estrada que conduzia à sua casa. Ao chegar ao mesmo ponto da estrada, onde na noite anterior vira o opala, tudo se repetiu como em um deja-vu!
Novamente, na mesma velocidade, o mesmo opala diplomata preto cruzou a estrada bloqueando o progresso do carro do professor.
Ao ver o opala, Charles estremeceu, sentiu a boca secar, novamente atônico assistiu à porta trasseira se abrir, e novamente revelar um amontoado de corpos decapitados.
Tomado de terror o professor olhou assustado para todos os lados, e, novamente contornou cuidadosamente o opala, pisando fundo após alguns metros.

Dessa vez chegou em casa agitado. A esposa já havia se deitado. O professor então telefonou para a Polícia e contou sobre o opala com os corpos, dando referência de onde o havia visto.
“O senhor está nos telefonando a partir de um número fixo. O senhor confirma que este número é o de sua residência?”
“Sim, estou falando de minha residência”.
“Está certo, senhor... Mendez! Temos uma viatura próxima ao local e solicitaremos que averiguem o que nos relatou. Tenha uma boa noite”.

Na noite seguinte, seguro de que a polícia teria cuidado do caso, o professor Mendez não imaginava que mais uma vez ao passar por aquele ponto da estrada encontraria o mesmo opala preto e a cena se repetiria.
Apavorado arrancou com seu carro em disparada. Chegou a sua casa suando frio e tremendo aterrorizado.
Dessa vez sua esposa o esperava:

“Charles, o que, afinal, está acontecendo?”
Depois de algum tempo sem conseguir falar, o professor respondeu: “Preciso telefonar para a polícia!”.
“A polícia? Pois hoje à tarde a polícia esteve aqui e deixou uma intimação para você comparecer à delegacia! O que está havendo, Charles?”
“Eu não quis te contar, Monica, para você não se assustar, mas... mas...”.
“O que?” – perguntava a esposa impaciente – “Você chegou muito estranho nas duas últimas noites, Charles!”.
“Um carro desengrenado desceu de uma transversal fechando a pista quando eu retornava para casa! Isso foi anteontem! Eu... Eu não falei nada com ninguém, mas...”.
“Mas o que? O que tinha o carro?”
“Foi horrível, Monica! Você não pode nem imaginar!”
“Você vai dizer? E dizer o porquê da polícia querer que você compareça à delegacia?”
“Vou... É que estou com medo! Era um opala, acho que sem motorista e... e... no banco de trás!”
“Você desceu para olhar?”
“Não! A porta trasseira dele se abriu sozinha! E... havia muitos corpos de pessoas assassinadas! E estavam decapitadas! Horrível, não queira nem imaginar!”
“Meu Deus, Charles! E você foi se meter nisso? Você ligou para a polícia?”
“Sim... mas... só na segunda vez... foi... muito estranho! Aconteceu a mesma exata coisa nessas três noites! Sempre no exato momento em que estou passando naquele ponto da estrada! Na primeira noite pensei que eu por azar estava justamente ali! Mas se repetiu! Alguém está assassinando várias pessoas por noite! E... acredito que quem quer que esteja fazendo isso quer que eu veja! Mas por quê?”
“Isso é absurdo! Toda essa história é absurda! Uma coisa assim não pode ter acontecido três noites seguidas e sempre na hora em que você está passando com seu carro! E o que você faz? Liga para a polícia, Charles!”
“Mas... eu só liguei da segunda vez, e estou com medo, Monica. E se quem está fazendo isso pretende, não sei... me matar?”
“E por que alguém iria querer te matar?” (...)



Continua...

2 comentários:

  1. Que horrível se ver em uma situação assim D=
    Esperando a continuação!
    Beijos :*****

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  2. Opa
    Entrei para ver fim da bruxa dos gatos e recebo de brinde o maníaco do Opala...
    Por enquanto não tenho palpites.

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