segunda-feira, 10 de junho de 2013

Noite Maldita - cap 3



Nos posts anteriores: Um grupo de jovens decide curtir um final de semana numa região de praias. Durante a viagem de trem Henry sonha estar caindo de uma pedra muito alta e Shayla tem uma estranha visão de um homem negro com “roupas de pano de chão” fitá-la e desaparecer em seguida. No restante do passeio tudo corre bem. Até estarem numa pequena praia onde receberam uma estranha advertência de que não deveriam perder o último trem de volta. No entanto o grupo se distraiu da hora, perdendo o trem e tendo que passar a noite na região. Resolveram se abrigar numa cabana vazia que acharam “convidativa”. Mas Pedro e Henry saíram da cabana para averiguar se havia alguém perigoso do lado de fora, depois que Shayla afirmou ter visto um homem olhando pela janela. Henry deixou a ronda mais cedo e desapareceu. Pedro chama Alan para procurar o amigo desaparecido. Muito tempo depois Pedro retorna sozinho com a notícia de que Henry e Alan estavam mortos.


terceiro capítulo

Shayla e Cynthia demoraram a assimilar a notícia de que seus amigos Henry e Alan estavam mortos. Max, que havia aberto a porta para Pedro, sentou-se numa cadeira pesaroso pela notícia.

“Você tem certeza?” – perguntou Cynthia.
– “Sim, estão mortos”.

Shayla se levantou e procurou acalmar Pedro, que continuava pálido e trêmulo.

Após conseguir ficar menos nervoso Pedro contou o que acontecera.

“Alan e eu estávamos procurando o Henry. Então vimos marcas no chão que pareciam ser de algo, ou alguém que tivesse sido arrastado recentemente por ali. Seguimos as marcas por uma trilha que subia uma colina. Depois de chegarmos ao topo demos com um precipício! Na verdade quase não o vimos! É uma pedra nua daquele lado da colina! Tem uns quarenta metros de altura! Olhando lá de cima vimos Henry  lá embaixo morto! Alan pensou que ele talvez tivesse caído sem ver por onde andava, mas não fazia sentido! Henry tinha dito que voltaria pra cabana! Por que teria resolvido ir para longe? Então imaginei que alguém o matou, arrastou e depois jogou o corpo lá de cima! Mas Alan disse algo certo, que se tivesse sido arrastado depois de morto deveríamos, mesmo à noite, ter visto rastros de sangue. Então acho que ele foi arrastado vivo até lá e assassinado sendo arremessado do alto da pedra”.

Nesse momento Shayla e Cynthia se lembraram do pesadelo que Henry teve durante a viagem de trem. Henry havia morrido em circunstancia idêntica à de seu sonho. Cynthia sentiu um terrível frio subir-lhe pelo corpo e temeu de que o destino tivesse reservado aquela noite como a noite da morte de todos. Cynthia acreditava nessas coisas de Destino.

“Alan ainda insistiu na possibilidade de Henry ter caído sem ver o precipício. Depois quando voltávamos para trazer a má notícia, ainda sem acabarmos de descer a colina, voltando pelo caminho que fizemos, Alan sumiu sem que eu, que estava ao seu lado, conseguisse ver o momento do sumiço ou quem ou o que o apanhou! Achei que ele estava com uma de suas brincadeiras de mau gosto e comecei a chama-lo, mas instantes depois o ouvi gritando. Voltei rápido ao topo e ele tinha, assim como Henry, caído, ou sido arremessado lá de cima! Então... Então...”.

Pedro ficou hesitante em dizer o que houve depois.

“Pedro, o que houve depois?” – perguntou Shayla. Pedro, no entanto continuava hesitante.

“Pedro, seja o que for pode nos dizer” – as novas palavras de Shayla o fizeram prosseguir.

“Eu ouvi som de correntes e então vi vultos, não sei, vi escravos ao meu redor. Não eram nítidos, era assombração! Fantasmas! Saí correndo! Na fuga ouvi som do mato se mexendo, como algo me perseguindo! Corri o mais que pude! O som do mato cessou no meio do caminho e então cheguei aqui.”

Shayla não desacreditava do relato de Pedro, que lhe parecia uma confirmação do que ela já acreditava: a fazenda era mal assombrada pelas almas dos antigos escravos.

Pedro disse: “Temos que sair daqui! Temos que ir embora! Não podemos ficar! Nós temos que ir embora!”.

Max, que permanecera todo esse tempo calado, disse: “E então quando sairmos daqui o que você vai fazer? Vai nos matar? Do mesmo modo que matou Henry e Alan?”.

– “Você ficou louco, Max?” retrucou Shayla.

“Não! Nem um pouco!” e voltando-se para Pedro continuou “Foi você, Pedro, que nos chamou para esse lugar maldito, falando dessas praias e você que quis ficar nessa cabana! Henry ficou sozinho com você e “sumiu”, depois foi a vez do Alan!”

“Eu não fiz isso, Max!” – respondeu Pedro.

 Max respondeu: “Não sei que tipo de psicopata é você, bastardo, mas você não vai matar mais nenhum de nós!”.

Ao dizer isso Max se levantou, com um punhal, que encontrara na cabana e mantivera consigo, atacando Pedro furiosamente.

“Eu vou te matar, desgraçado!”



Continua...


2 comentários:

  1. A coisa tá ficando feia...
    O que eu mais gosto é que tem as cenas do capítulo anterior - rsss;

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  2. Estou adorando como a história tá ficando!
    beeeeeeegs

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