quarta-feira, 8 de maio de 2013

Histórias de Terror Assustador que dão Medo!


Eu não criei essa história. Ela é, com pequenas diferenças, contada como uma lenda urbana.

 

Medo de Cemitério  

Na subida para o cemitério, bem próximo à sua entrada, situava-se um bar, onde, numa fria e escura noite de inverno, aquele sujeito foi parar procurando por um lugar onde pudesse tomar uns tragos. Subiu os poucos degraus irregulares de cimento entrando no local, onde além do dono estavam uns quatro frequentadores do botequim que estava longe de ser refinado. O exterior do boteco era grotesco e pintado à cal branco e no interior haviam prateleiras com garrafas empoeiradas que cobriam a parede verde, necessitando pintura, uma placa avisando “Fiado só para quem já morreu” e entre as prateleiras havia uma cruz de madeira com a parte inferior afiada como uma estaca e pintada de branco, como aquelas que os cemitérios usam para as covas de indigentes.

O sujeito começou com algumas doses de cachaça, que bebeu encostado no balcão rudimentar do estabelecimento, depois se acomodou num canto do lugar, onde da mesa em que estava, e já um pouco alto por mais doses, começou a ter a sua curiosidade cada vez mais aguçada pela cruz de madeira mal pendurada. Até que se levantou voltando ao balcão e perguntou ao dono do lugar do que se tratava.

“É um desafio que fazemos aos frequentadores daqui. Quem tiver coragem para entrar no cemitério e cravar ela lá na seção de indigente, bem no final do cemitério, bebe por conta da casa na noite seguinte” – respondeu secamente o dono do bar, um sujeito gorducho e de cabelos cinza, enquanto lavava alguns copos.

A proposta de beber por conta da casa pareceu-lhe ótima, já atravessar o extenso cemitério, que tomava toda uma colina era algo que não toparia, se estivesse sóbrio, pois, tratava-se de um sujeito medroso. Mas à essa altura as doses já lhe davam a coragem que vem com a embriaguez.

“Eu poderia fazer isso” – disse ao dono do bar, que apanhou a cruz e lhe entregou dizendo: “Então pode levar, não esquece que tem que ser na seção dos indigentes, amanhã de manhã vou ao cemitério e confiro se você cravou lá mesmo, aí você recebe o prêmio pelo desafio.”

O sujeito partiu para invadir o cemitério, deixando atrás de si a curiosidade dos frequentadores do botequim, fazendo com que o tema das conversas se tornasse especulações se ele teria mesmo coragem ou se voltaria logo com medo.

O bar ficava para trás, enquanto se aproximava do enorme portão velho de ferro do cemitério. Ele já começava a sentir medo e a se arrepender de ter aceitado o desafio, mas não voltaria para trás, seria passar uma vergonha muito grande.
Não teve dificuldades para transpor a entrada, já que o portão velho, precisando de reparos, estava meio caído e deixava uma brecha suficientemente grande para que se passasse sem dificuldade.
Desde que passara pelo portão seu medo aumentava a cada segundo, estava invadindo a morada eterna dos mortos. Sentia medo de ser pego por algum vigia, mas essa preocupação passou tão logo avançou apressadamente por uma rua interna, que subia o cemitério por sua ala direita. O silêncio da madrugada no cemitério tornava audível o menor ruído. O assobio do vento, os sons feitos por roedores e outros pequenos animais, uma coruja longe, o chocalhar de algumas árvores, tudo se tornava uma macabra sinfonia de terror para ele, que sentia o corpo gelar de medo – Já tinha chegado longe demais para voltar amedrontado! À medida do tempo sua vista se acostumou com o breu e já lhe era possível enxergar algo dentro da escuridão. As histórias sobre assombrações que ouvira durante a vida lhe vinham à mente sem que ele as conseguisse deter. As sepulturas com seus restos de flores, as estátuas, o modo como os galhos pelados das árvores pareciam formar um túnel pelas ruas internas... Tudo lhe provocava cada vez mais medo. Por várias vezes pensou ter visto vultos andando entre as covas.

Com o coração acelerado, suando frio, tremendo de medo, a mente agitada, próximo de perder o controle, ele finalmente chegou à seção dos indigentes no final do cemitério. Estava completamente arrependido de ter topado aquilo, desejava mais que tudo sair dali o mais depressa possível.
Sem conseguir parar de tremer e certo de que os mortos o puniriam por aquilo, ele se ajoelhou no chão para se posicionar, ergueu bem alto a cruz e a cravou com bastante força na terra.
Pronto, ele o havia feito, agora era só sair dali o mais rápido possível!
Mas quando se moveu para se levantar sentiu algo lhe segurando pela roupa, fazendo com que sentisse um pavor maior do que em qualquer outro momento de sua vida até ali! Não teve coragem de olhar para trás, imaginando quem ou o que lhe teria agarrado, tentou mais uma vez e novamente sentiu-se segurado pela roupa. Ajoelhou-se e começou a rezar pais-nossos e ave-marias, errando e pulando frases das orações até que se transformassem apenas em gemidos de medo.

Enquanto isso no bar os frequentadores comentavam:

“Já tem bastante tempo que ele entrou, já deve tá na seção de indigentes”.
“O estranho não tem medo de cemitério!”


Mas depois de transcorrer mais tempo do que lhes parecia necessário para executar a tarefa os comentários mudaram:

“Será que fugiu de medo?”
“Mas teria que ter descido a rua aqui, o cemitério não tem outra saída”.
“Vai ver tá parado com medo no portão ainda!”

Passado ainda mais tempo uma mulher, que estava entre os frequentadores, perguntou preocupada ao dono do bar:

“Será que não aconteceu algo de mal com ele?”
O dono respondeu:

“Bobagem! O que poderia acontecer? Ele tá lá com um monte de defunto. É dos vivos que a gente tem que ter medo!”.

Na manhã seguinte, sem que o sujeito retornasse antes de todos terem ido embora após o bar fechar, o dono do botequim e a mulher foram ao cemitério e subiram à seção dos indigentes para procurar algum sinal do sujeito ou da cruz.
Encontraram-no morto, encolhido em posição fetal, com a ponta do sobretudo que vestia atravessada e pressa pela cruz de madeira! Apavorado não reparou que quando cravou a cruz no chão, prendeu a própria roupa.
Ele, literalmente, morreu de medo.



...beijinhos***

3 comentários:

  1. Pensei que realmente tinha alguma coisa atrás dele. Q bocó, né?
    Gostei bastante da história. Teve um final que ninguém esperava.
    ADORO SUAS HISTÓRIAS DE TERROR!
    Até o próximo post.

    Beijinhos tb ^^

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  2. Se eu fosse da historia, com certeza seria o bebado q topou levar a cruz!!Sou bastante medrosa, tenho medo de cemitério desde pequena, tenho medo de passar perto de um,de ver fotos, de ver na tv,de qualquer modo! Apesar de eu amar zumbis, morro de medo dos fantasma ahusaushahs
    Nossa, morre de medo, coitado, tava se borrando td q marcou sua morte!
    483 kusses..~^~

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  3. (gargalhadas)
    Muito bom Aline.
    Tive que esperar uns 5 minutos para postar este comentário de tanto que eu ri.
    Beijos

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