quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Cachinhos Dourados (moderna)


Em um dos finais de semana desse mês que está acabando, minha amiga Ditte foi lá em casa, levando com ela uma priminha dela, de seus cinco anos! E eu sou muito babona de criança! *---*
Enfim resolvi contar uma historinha para a garotinha!
E vou confessar que eu adoraria ter criatividade para histórias infantis!
De qualquer modo resolvi narrar um clássico.
Clássicos não falham né? Ou falham?

“Vou te contar a história da Cachinhos Dourados!”

“E por que esse nome? Quero dizer apelido, né? porque ninguém chama assim, o nome dela deve ser Ana, Mariana, Juliana... Qual o nome dela, tia?”

“Tá, não sei o nome! Só o apelido!”

“Não sabe o nome? Acho que você tá inventando essa história!”

“Não estou! O nome não é importante certo? Só o apelido ‘Cachinhos Dourados’. É Cachinhos Dourados porque ela é loirinha e tem o cabelo cheio de cachinhos!!!”

“Mas o cabelo dela é cacheado mesmo? Não é permanente ou aplique? E é loira natural?”

"É loira natural sim e os cachinhos também naturais!


“Ah! Não será pintado? Eu bem queria pintar o meu!”


Como assim? Pintar o cabelo com cinco anos?

“Bem, pois o dela era loiro, eu também tinha cabelo loirinho quando era pequena... não tinha cachinhos! Sempre tive cabelo muito liso! Tem vez que a tia passa o um dia inteiro tentando fazer cachos no cabelo! Aí acho lindo! Fico toda boba com os cachos! Mas a tia mal sai de casa e cadê que os cachos ficam? Mal passou uma hora voltei a ter cabelo liso xD... ih! Tá! (divaguei legal) Deixa-me contar a história!
É assim:
Tinha uma família de Ursos! O Papai Urso, a Mamãe Ursa e o Filhinho Urso!”

“Ah! Essa história não tá com cara de real!”

“Por que?”


“O Filhinho Urso morava com os dois pais? Ah! Ninguém mora com os dois pais! O Papai Urso deveria ir ver só nos finais de semana! Sabe, lá na escola na minha sala só uma menina mora com os dois pais! A Má! Ela é muito estranha!”

“Má? Ela é má?”

“Não, tia! Derr! O nome dela é Manuela, mas é muito grande aí o apelido!!!”

“Pois bem, mas os Pais Ursos não eram separados! Tem muitos pais separados, mas tem casais que ficam juntos até bem velhinhos! A tia, por exemplo! Meus pais ainda são casados!”


Percebi que ela começou a me achar tão estranha quanto a Má, a Manuela.

“Bem, A Cachinhos Dourados fugiu de casa, saindo sem avisar, para passear na Floresta! Ela andou e andou pela Floresta até que encontrou a casa dos Ursos, que haviam feito mingau. Mas como o mingau estava muito quente eles saíram para dar uma volta enquanto esfriava. E quando a Cachinhos chegou eles não estavam em casa.
Então a Cachinhos Dourados percebeu que a porta estava apenas encostada! E entrou na casa encontrando os pratos de mingau dos três ursos.
O mingau que estava na parte da mesa mais próxima ao fogão estava ainda bem quente, o que estava próximo à janela, que estava aberta, estava frio e o outro que estava do outro lado da mesa estava morninho!”

“Tia Aline! Você tá inventando! Isso não pode ser verdade! Quem vai sair de casa deixando porta e janela aberta? Com segurança, câmera, e todo tipo coisa já roubam tantas casas! Com tanto ladrão por aí NINGUÉM iria deixar a casa aberta assim!”


“Eles moravam no meio da floresta e só tinha a casa deles!”

“Nusss! Então não tinha luz! Quer dizer, não tinha TV, nem Xbox nem computador!!! Nem Smart phone deve funcionar lá!!! =O”

“É! Não tinha nada disso! E os ursos a mantiveram lá presa e ela teve que crescer sem TV, vídeo-game, Smart phones ou Internet!”


Tá! Acho que exagerei, por que nessa hora ela se apavorou completamente! Minha história havia se tornado mais assustadora do que filme de terror! (Até por que ela não tinha medo de filme de terror, me disse que assistiu ao ‘O Chamado’ com a mãe dela)

“Nussss, Tia Aline! D= Nunca vou fugir de casa, sair sem avisar ou entrar na casa de gente estranha!!!!”

Er... Acho que no fim a moral da história se manteve! Os Clássicos não falham!



...beijinhos***




terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cuidar da Vida!


“Vamos cuidar da vida que a morte é certa!”

Já ouviu essa frase? Minha mãe costuma dizê-la. E é verdade que “A única certeza da vida é a morte” De fato a morte é “democrática”, não importa quem seja, todos nós um dia morreremos e que “Para morrer basta estar vivo”

Insistimos em ver a morte como algo trágico, não gostar de lembrar o assunto e também costumamos viver como se fossemos imortais.

Muito do medo da morte acaba vindo da infância. Muitos pais com intuito de poupar os filhos acabam por não falar do assunto ou não introduzir o tema antes do falecimento de algum ente querido e quando isso acontece acabam contando em meio a choro e demonstrações de desespero, fazendo com que a criança associe a morte à dor e sofrimento. Ou permitem que a criança fique com fantasias criadas por ela. Em certa idade a criança não consegue entender bem que a morte seja definitiva e imagina que o parente vai voltar. Como o parente não volta, ela se sente enganada pelos adultos. Ou ainda pais que contam histórias do “tipo Rei Leão” onde os parentes falecidos viram estrelinhas do céu!
Só que não falar sobre morte e sofrimento não nos isenta deles!
O ideal é contar a verdade à medida da curiosidade dos pequenos. Pode-se iniciar o tema falando de flores, animais ou humanos. Tratando o assunto passando tranquilidade e naturalidade.

Podemos encarar a morte como algo tenebroso ou podemos entendê-la como algo natural, o fim de um processo que se inicia tão logo nascemos, que fatalidades fazem parte da vida. Podemos sofrer antecipadamente pela morte, só que não há muito sentido em nos preocuparmos com algo sem solução, por mais que lastimemos a existência da morte isso não evitará morrermos um dia. A preocupação com a morte pode consistir em cuidar bem da saúde prolongando assim a expectativa de vida. Ainda lidaremos com a possibilidade de uma fatalidade, mas hábitos saudáveis também proporcionam viver melhor.

Podemos ver a morte como uma mestra! Uma mestra que nos faz valorizar cada momento da vida! Quem considera sua finitude não quer desperdiçar tempo, pois sabe que esse tempo é finito! Se pensarmos que hoje pode ser nosso último dia, não nos assustando com o medo da morte, mas nos ajudando a focar mais na vida, não teríamos tempo a perder com discussões mesquinhas a respeito de coisas insignificantes. Ao mesmo tempo é importante pensar no futuro nos preocupando com trabalhar para “ter um pezinho de meia”, afinal, a vida continuando um dia poderemos ter filhos ou nossos pais precisarão de nossos cuidados, como um dia cuidaram de nós e etc.

O Dr. Luiz Ainbinder, psicólogo, em seu programa usou uma metáfora comparando a vida a uma festa: Quando somos convidadas (os) para uma festa, nós vamos, aproveitamos a festa, nos divertimos, dançamos, conversamos... Enfim, curtimos a festa. Mas chega a hora de deixarmos a festa, “lá pelas tantas” já estamos cansadas (os), é hora de irmos! E assim, compara o psicólogo, é a vida! Outros chegarão à festa.

Devemos, portanto, curtir a vida! Curtir a vida curtindo tudo o que de melhor há nela! Quando digo “curtir” não estou falando em “fazer besteiras” achando que isso seja “curtir”. Parte importante de saber curtir a vida é saber que há diferença entre “bom” e “bem”, que nem tudo que pareça ser bom faz bem, nem tudo que pareça fazer bem é bom... “É preciso saber viver”
Quando deixamos que as dificuldades causem estresse excessivo falta a alegria e a vida encurta, ficamos velhas(os) mais rápido. A quantidade de estresse que vivenciamos depende da atitude que tomamos em relação às dificuldades e fatores estressantes. É preciso ver, como os sábios, a vida por si só como satisfatória!

Sim, há a questão das crenças religiosas sobre o “pós-vida”, ou mesmo a ausência dessas crenças – não quero me ater aqui a essas questões, afinal, cada qual com seu cada qual!
Mas seja crendo que é preciso saber viver bem aqui para viver a eternidade ou apenas crendo a vida se encerre com a morte física a única certeza absoluta e universal é: Todos morrem...

Antes de concluir, porém, uma pequena história de que gostei muito!

Conta-se que um turista foi visitar um famoso rabino e que chegando lá se admirou, pois o rabino morava num quarto simples, cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma mesa e um banco e o turista perguntou ao rabino “Rabino, onde estão seus móveis?” e o rabino disse “Primeiro me diga onde estão os seus!” O rapaz respondeu “Os meus? Mas eu estou aqui só de passagem” e o rabino respondeu “Eu também!”

... Concluindo:

...Todos morrem...
Mas nem todos vivem!



...beijinhos***




Recado: Importante! A “bibliografia consultada” para o post de hoje são lembranças que tenho de audições do programa de rádio do Dr. Luiz Ainbinder e da leitura de colunas de jornal de Shmuel Lemle.